Conforme Eliana Melo, enfermeira de referência e vice-diretora da Rede-Hans Bahia, a doença pode ser detectada através de manchas que se manifestam na pele.
“Geralmente essas manchas se manifestam em áreas mais frias do corpo, como costas, nádegas, rosto, região interna de coxa e pés. É preciso atentar que a mancha pode ser suspeita para Hanseníase se ela tiver alteração de sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. Quanto antes o diagnóstico mais fácil o tratamento e a cura”, explicou.
O diagnóstico e tratamento estão disponíveis gratuitamente no SUS, por meio do projeto “Espelho Meu”. As pessoas em tratamento não transmitem mais a doença e podem levar uma vida normal. A Secretaria de Saúde (Sesau) atua na reinserção social e laboral e no combate ao preconceito contra as pessoas com hanseníase.
O Janeiro Roxo é dedicado à promoção de ações para ampliar o conhecimento da população sobre a doença, reforçando a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados todos os anos no Brasil. Por isso é fundamental que cada um esteja atento ao próprio corpo, procurando orientação médica em caso de sinais e sintomas suspeitos.
Sintomas - Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a Hanseníase é uma doença crônica, cujos sintomas são aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou arroxeadas, com diminuição ou perda de sensibilidade à temperatura, à dor e ao tato; sensação de entupimento, ferimentos ou sangramento nasal; "caroços" ou "inchaço" no rosto, orelhas, cotovelos, mãos e pés; partes do corpo "dormentes" ou "amortecidas".
Projeto Espelho Meu – Iniciativa da Rede de Hans Bahia pactuada com a Sesau, o projeto percorre as unidades de saúde de forma contínua. Mensalmente são realizadas ações de conscientização e capacitação das equipes de Estratégia Saúde da Família, desde os agentes comunitários de saúde até o serviço especializado.
Os profissionais do Programa de Combate à Tuberculose e Hanseníase, do CAE III, também se integram ao trabalho. A ação consiste ainda na busca ativa por casos suspeitos, realizada nos bairros. Uma vez encontrados, os casos passam por triagem realizada pela equipe especializada. Se o diagnóstico for positivo, a pessoa é encaminhada ao serviço de referência no município para início imediato do tratamento.
por Secom Publicado em 30/01/2023 17:10 - Atualizado em 30/01/2023 17:19
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